Descreve a interaçäo mäe-criança com atraso de desenvolvimento em situaçäo natural e analisa como os padröes interativos da díade evoluem durante o segundo ano de vida. Os Ss säo 5 pares mäe-criança, selecionados segundo os critérios: criança com 1 ano ou mais; atraso de desenvolvimento do filho conhecido pela família; diagnóstico a partir de profissionais que atuam com a criança. Entrevista as mäes e filma os pares durante o banho, refeiçäo, brinquedo. Transcreve e analisa as gravaçöes, observando as variáveis: a) no comportamento materno, iniciativa de contato, responsividade, afeto, estimulaçäo e diretividade; b) no comportamento infantil, iniciativa de contato, responsividade, afeto, aceitaçäo X oposiçäo frente às exigências maternas; c) mutualidade. Os resultados revelam que os membros das díades se tornam mais sensíveis ao comportamento do outro, aumentando a mutualidade; as mäes promovem a autonomia infantil; padröes interativos distintos aparecem em funçäo da situaçäo observada; a história de vida e o rítmo de desenvolvimento de cada criança determinam as características dos relacionamentos. Conclui que o estudo oferece subsídios para o trabalho e orientaçäo dos pais, desmistificando tanto a visäo de que a diretividade é prejudicial ao desenvolvimento da competência em crianças, quanto a idéia de que as mäes apresentam padröes homogêneos de interaçäo com seus filhos