Descreve o universo das concepçöes de saúde e Ensino em Saúde explícitas ou implícitas na área curricular da Secretaria de Educaçäo de Säo Paulo durante o período de 1931 a 1993, em especial na disciplina Biologia e Programas de Saúde. Para tanto, recorre às concepçöes expressas na fala dos professores de Biologia e Programas de Saúde que atuam no 2§ grau das escolas da 1ª Delegacia de Ensino da Divisäo Regional de Ensino - 1 da Capital (DRECAP-1), confrontando-as com as concepçöes registradas nos documentos legais que normatizaram o Ensino em Saúde, no período acima fixado. O conjunto destas concepçöes é confrontado com a maneira particular como as visöes positivista, funcionalista e dialética se posicionam quanto aos aspectos acima referidos, chegando-se à conclusäo de que o Ensino em Saúde apresenta uma discrepância significativa entre o que preconiza o discurso legal e a prática docente nas escolas estaduais investigadas. Conclui que as reformas curriculares das duas últimas décadas assinalaram um avanço importante em relaçäo aos discursos institucionais anteriores, principalmente no que se refere ao reconhecimento na natureza social do processo saúde-doença