Estudo retrospectivo sobre uso de medicamentos na gravidez entre 1620 mulheres que deram à luz no período de um mês em cinco hospitais da cidade de Säo Paulo. Desta amostra, 97,6 por cento usaram pelo menos um medicamento na gravidez, com uma média de 4,2 medicamentos por mulher. Medicaçöes com indicaçäo médica e sem indicaçäo médica foram usadas por 94,9 por cento e 33,5 por cento das mulheres, respectivamente. As medicaçöes mais usadas, excluindo-se as vitaminas, sais minerais, ferro e vacinas, foram os analgésicos, antiácidos, antieméticos e antiespasmódicos. Usuárias de maior número de medicamentos têm como características ser maior de 29 anos de idade, casada, terceiro grau, com atividade remunerada e acesso aos serviços privados de saúde. Sugere que näo só estas mulheres necessitam ser conscientizadas dos riscos em potencial a que expöem seus fetos usando tantas medicaçöes, mas também aquelas que têm dificuldade de acesso ao pré-natal; e que o pré-natalista deve repensar seu papel diante desta problemática