Realizamos estudo microbiológico, coletando amostras de ulceraçöes aftosas recorrentes (UAR) bucais, em 30 pacientes, 18 mulheres e 12 homens, através de "swabs", buscando verificar a participaçäo de bactérias gram-negativas nessas lesöes. Outros 30 pacientes pareados por idade, sexo e estado de saúde bucal, mas com história negativa de UAR foram utilizados como populaçäo controle. Apenas três pacientes do grupo estudo mostraram culturas positivas para gram-negativos (Klebsiella e Enterobacter), enquanto seis pacientes do grupo controle abrigavam enterobactérias. Todas as amostras, tanto do grupo estudo quanto do controle apresentaram crescimento de estreptococos alfa-hemolíticos. Conclui-se que as bactérias gram-negativas näo desempenham papel relevante na expressäo das UAR, uma vez que näo foi possível estabelecer qualquer relaçäo entre as culturas positivas e as características clínicas dos pacientes ou das lesöes em particular. Os estudos devem se aprofundar quanto aos aspectos de identificaçäo, aderência e virulência dos estreptococos alfa-hemolíticos isolados