O conhecimento detalhado da anatomia do sistema de canais radiculares e do progresso natural da doença, assim como a relaçäo existente entre dente e estruturas anexas, constitui-se pré-requesito básico para a interpretaçäo dos dados obtidos por meio do exame clínico e radiográfico e instituiçäo de terapias endodônticas adequadas. Na expectativa de contribuir com este campo de atuaçäo é que nos propusemos analisar, sob microscopia eletrônica de varredura, näo só a presença de foraminas acessórias na área externa e interna de furca de molares decíduos, mas verificar sua interrelaçäo com certas particularidades morfofuncionais e histopatológicas. Os resultados demostraram a presença de foraminas acessórias em 53 por cento das áreas externas e em 25 por cento das áreas internas de furca dos molares decíduos examinados. Entretanto, estas näo parecem estabelecer comunicaçöes diretas entre a câmara pulpar e a superfície radicular. Além disso, verificamos uma espessura média de 1,71mm de dentina na área de furca. Por outro lado, a presença de lesäo inflamatória na regiäo interradicular näo determinou diferenças significativas na prevalência ou nas características anatômicas das foraminas detectadas, embora determine uma diminuiçäo na espessura de dentina na área de furca. Por outro lado, a presença de lesäo inflamatória na regiäo interradicular näo determinou diferenças significativas na prevalência ou nas características anatômicas das foraminas detectadas, embora determine uma diminuiçäo na espessura de dentina na área de furca. Assim, nos parece que a menor espessura de dentina, aliada a reabsorçäo radicular e exposiçäo de túbulos dentinários, além da eventual presença de canais acessórios aumentam a permeabilidade da regiäo facilitando a progressäo de processos inflamatórios e, conseqüentemente, dos fármacos utilizados na terapia endodôntica