O autor estuda, comparativamente, o tratamento ortopédico-funcional e o tratamento ortopédico clássico, através de bloqueio intermaxilar, nas fraturas do côndilo mandibular. Analisa as amplitudes da abertura bucal, dos movimentos de lateralidade e protrusäo assim como avalia e compara a articulaçäo temporomandibular e a oclusäo no final dos dois tipos de tratamento. Avaliou 40 casos de fraturas do côndilo mandibular em adultos; 20 foram tratados através do tratamento ortopédico-funcional, sem qualquer imobilizaçäo e verificou as amplitudes dos movimentos acima citados no momento inicial do trauma, 15, 30, 90 e 180 dias após o inicio do tratamento. Nesse instante, através de exame clínico adequado, a articulaçäo temporomandibular e a oclusäo foram avaliadas. Comparou os resultados com outros 20, tratados com bloqueio intermaxilar com duraçäo de 4 a 6 semanas. As amplitudes dos mesmos movimentos foram medidas e foi realizado o mesmo exame clínico para a articulaçäo temporomandibular e oclusäo. Para os resultados numéricos foram calculados as médias aritméticas e os respectivos erros-padräo médio. Aplicou-se o teste "t" de Student nos dados pareados entre os dois grupos.

Os resultados mostram que:

1) a amplitude da abertura bucal, após 180 dias, é significativamente maior nos pacientes tratados através do tratamento funcional em relaçäo ao grupo controle (p < 0,01). 2) as amplitudes dos movimentos de lateralidade e protrusäo, após 180 dias, também foram significativamente maiores que o grupo controle (p < 0,05). 3) foram detectadas menos alteraçöes funcionais da articulaçäo temporomandibular nos casos tratados da forma ortopédica-funcional. 4) o método ortopédico-funcional näo se mostrou superior em relaçäo ao tratamento ortopédico (com bloqueio intermaxilar) quanto ao critério oclusal