Baseando-se, principalmente, em revisäo bibliográfica, analisa as limitaçöes práticas e conceituais da segurança e saúde no trabalho rural e mostra a necessidade de ampliar a discussäo através da proposiçäo de medidas coletivas para enfrentar as condiçöes de trabalho com agrotóxicos. Na primeira parte, faz uma exposiçäo mostrando a dimensäo da utilizaçäo dos agrotóxicos, as principais culturas em que säo empregados e os indicativos do potencial de exposiçäo da populaçäo que trabalha com esses produtos. A segunda parte discute as medidas para o controle dos riscos no trabalho com agrotóxicos. Em seguida, discute as medidas individuais de controle de riscos, evidenciando as dificuldades de ordem prática para sua implantaçäo nas condiçöes do trabalho rural. Faz uma abordagem das medidas coletivas para o controle de riscos no trabalho rural, examinando os sistemas de aplicaçäo dos agrotóxicos, o processo de produçäo agrícola e as condiçöes de segurança dos equipamentos de aplicaçäo usados em nosso meio. Além das medidas de engenharia, face às carências estruturais de ordem técnica, social e econômica existentes no país, propöe como medida essencial o controle da disponibilidade dos agrotóxicos, através de mecanismos legais e econômicos. Propöe ainda que se estude as estratégias adotadas em programas de reduçäo geral no uso de agrotóxicos que estäo sendo realizados em diversos países, segundo as condiçöes existentes no Brasil, pois os resultados que vêm sendo obtidos näo comprometem a produçäo agrícola e têm trazido benefícios para o meio ambiente e para a saúde pública