As infecçoes hospitalares têm relaçao com a morbidade e mortalidade em geral. No Brasil, esttudos realizados em 1994, pelo Ministério da Saúde, mostram que a taxa de infecçao hospitalar é de 15,5 por cento. Na "Avaliaçao da Qualidade das Açoes de Controle de Infecçao Hospitalar", realizada pela Coordenaçao de Controle de infecçao Hospitalar em 1994, o desempenho das medidas mínimas de prevençao das infecçoes hospitalares, a partir de procedimentos de risco para adquiri-las, foi de 42,5 por cento. Isto parece representar o desconhecimento, ou indiferença dos profissionais da saúde, aos riscos que estes procedimentos significam. Buscando alternativas que proporcionem uma mudança de comportamento da comunidade hospitalar, procurei uma metodologia própria para a normalizaçao dos procedimentos invasivos de enfermagem em unidades de terapia intensiva. Esta se norteou nos princípios teóricos e filosóficos da qualidade total, que enfatizam a identificaçao e a busca das necessidades dos clientes, e através da educaçao e participaçao procura o envolvimento das pessoas em prol de melhorias contínuas. Do marco conceitual constituído, surgiu o Processo de Normalizaçao denominado Jornada Participativa, que, da forma de fazer especial de cada um no grupo, idealiza, por consenso, uma padronizaçao flexível e normaliza esse padrao tornando-o freqüência habitual, o modo próprio e peculiar de fazer. Este método proposto aconteceu na unidade de terapia intensiva de um horpital geral, púbico, de grande porte, envolvendo os trabalhadores de enfermagem deste serviço. O processo de Normalizaçao, como um movimento participativo, democrático, criativo, motivador e sistematizado, respeitando as diferenças individuais e experiência de cada elemento da enfermagem, permitiu o alcance do consenso de valores e atitudes, normalizando procedimentos de enfermagem que representam risco de infecçao hospitalar, transformando-os em padroes que diminuem o risco que os mesmos representam.