Foram utilizados 40 coelhos pigmentados divididos em quatro grupos de 10 coelhos cada. À exceçäo de um grupo (GRUPO C), todos os demais (L,I e A) foram submetidos à aplicaçäo de laser de argônio sobre a superfície anterior da iris do olho esquerdo (OE). Nos animais dos GRUPOS I e A, foi administrado, no OE, colírios de indometacina (IN) e de aspirina (AS), respectivamente, ambos na concentraçäo de 1 por cento. Foram realizadas medidas do diâmetro pupilar e da pressäo intra-ocular em todos os animais, num total de cinco tomadas: uma medida de base, realizada em média 20 minutos antes da aplicaçäo de laser, e as restantes aos 10, 20, 40 e 60 minutos após o trauma com laser. Protocolo semelhante foi também observado para GRUPO C, exceto a aplicaçäo de laser. Trinta minutos após a última verificaçäo do diâmetro pupilar e da pressäo intra-ocular, os animais foram submetidos a punçäo da câmara anterior para posterior dosagem da concentraçäo de proteinas totais no humor aquoso. Os resultados mostraram que o trauma com laser de argônio leva à miose, aumento da pressäo intra-ocular e da concentraçäo de proteinas no humor aquoso, näo tendo sido observadas alteraçöes importantes no olho contra-lateral. Apenas a AS foi capaz de inibir a miose que se seguiu ao trauma. O uso tópico de IN ou AS se mostrou eficaz em inibir significativamente o aumento das proteínas totais no humor aquoso e praticamente aboliu a elevaçäo da pressäo intra-ocular, tendo as drogas açöes equivalentes sobre estes parâmetros. Conclui-se que apenas o uso tópico de AS inibiu a miose que se seguiu ao trauma, enquanto o uso tanto da AS quanto da IN foi capaz de inibir a elevaçäo da pressäo intra-ocular e o aumento na concentraçäo de proteinas totais no humor aquoso.