O tabagismo é fator de risco conhecido de diversas doenças, tais como câncer de pulmäo e infarto do miocárdio, além de estar associado ao desenvolvimetno de outros tipos de neoplasias, baixo peso ao nascer de filhos de mäes fumantes e doenças respiratórias. Há alguns anos, diversos países têm desenvolvido campanhas de desencorajamento do hábito de fumar, intensificando atividades educativas, além do desenvolvimento de leis anti-tabágicas, que restringem o uso do tabaco em locais públicos. Naqueles países, ambientes de trabalho têm constituído local prioritário destas campanhas. Descreve o tabagismo entre funcionário dos CESECs (Centros de Processamento e Serviços e Comunicaçöes) do Estado do Rio de Janeiro do Banco do Brasil, bem como identifica associaçöes estatísticas entre o uso do tabaco e outros fatores de risco para doenças crônicas, tais como dieta rica em gordura, colesterol alto, hiperternsäo, uso de bebidas alcoólicas, índice de massa corporal e ausência de atividades físicas regulares. Além disso, também identifica associaçöes características sócio-demográficas e do trabalho. Os resultados obtidos a partir da análise de 642 questionários auto-respondidos apontaram prevalência de 29,5 por cento de fumantes, sendo 31,1 por cento entre os homens e 27, 8 por cento entre as mulheres. O tabagismo atual esteve associado com idade, uma vez que os indivíduos com mais de 40 anos tiveram quase o dobro de chances de serem fumantes; com estado conjugal, na qual os divorciados, separados e viúvos tiveram chances 3 vezes maiores de serem fumantes do que os casados; com hipertensäo, mostrando que a chance dos fumantes serem hipertensos foi cerca de 2 vezes maior comparada com näo fumantes; com uso de bebidas alcoólicas, na qual a associaçäo aumenta conforme o aumento do consumo; e, por fim, os fumantes praticam menos atividades físicas do que näo fumantes. A associaçäo com ex-fumantes deu-se para idade, onde a probabilidade dos indivíduos serem ex-fumantes foi maior entre quem tem mais de 40 anos; com uso de bebidas alcoólicas; e a obesidade e o sobrepeso foram mais frequentes entre ex-fumantes do näo fumantes. Näo foi possível detectar associaçäo com características sócio-econômicas e de perfil funcional devido a homegeneidade do grupo. Conclui que o comportamento dos fumantes dos CESECs do Estado do Rio de Janeiro, caracteriza estilo de vida pouco saudável, quando comparado com näo fumantes. O mesmo pode ser observado entre ex-fumantes. Estes resultados indicam a necessidade de atençäo específica para este último, além dos fumantes atuais, uma vez que embora sejam indivíduos livres do cigarro, continuam a assumir fatores de risco importantes para doenças crônicas.