Este estudo teve como objetivo desvelar a vivência dos enfermeiros no programa de transplante de fígado de um hospital público. Para compreender o vivencial dos enfermeiros optou-se por realizar uma pesquisa qualitativa, segundo a modalidade "estrutura do fenômeno situado". Como forma de desvelar o fenômeno foram entrevistados dezoito enfermerios, dos quais onze passaram a fazer parte do estudo.

As entrevistas foram norteadas pelas questöes:

"qual a sua vivência como enfermeiro atuante do programa de transplante hepático?"; "como se dá a assistência de enfermagem aos pacientes desse programa, desde a inclusäo na lista de espera até os controles ambulatoriais tardios?". Após a obtençäo das descriçöes, os discursos foram analisados individualmente, sendo feita a análise ideográfica, resgatando os seguintes temas: "O Serviço de Enfermagem", que incluiu a estrutura e a dinâmica; "A Equipe de Enfermagem", que abordou a capacitaçäo, a responsabilidade, a (des)integraçäo entre os profissionais, a (des)motivaçäo, a ansiedade, o espaço ocupado, a proposta e o significado do procedimento e "A Assistência de Enfermagem". Buscou-se desvendar, pela análise nomotética, as convergências e divergências das unidades de significado interpretadas, em direçäo à estrutura geral do fenômeno. As proposiçöes que emergiram revelaram que a essência do fenômeno "vivenciar a prestaçäo da assistência de enfermagem aos paciente do programa de transplante de fígado de um hospital público" foi desvelada como o viver uma situaçäo que oculta necessidades, dificuldades, contradiçöes, conflitos e satisfaçäo