Examina o discurso medico-pedagogico acerca da eugenia, no decorrer dos anos 20, na cidade de Sao Paulo, no contexto da constituicao da ordem social competitiva do Pais. Explora as falas dos medicos higienistas, detentores da "propriedade do discurso eugenico", naqueles aspectos que revelam as tentativas de construir sujeitos eugenizados, aptos a ingressarem na nova ordem. Utiliza o referencial discutido por Michael Foucault, principalmente nas questoes que dizem respeito ao bio-poder. Identifica diversas estrategias eugenicas, nas quais se viram submetidos escolares e trabalhadores, apontando as praticas sexuais, travestidas em normatividade moral, como eixo articulador de saberes como os da Medicina, Educacao e Higiene Mental. Conclui que estes saberes, sob o poder das tecnicas eugenicas, so lograram constituir sujeitos disciplinados.