Pela técnica da estereometria, foram analisadas, em relaçäo ao plano áxio-orbital, as inclinaçöes das vertentes triturantes distais superiores e mesiais inferiores das cúspides de suporte. Essas vertentes säo as superfícies onde podem ocorrer interferências em balanceio, consideradas entre as mais danosas ao sistema estomatognático. O estudo foi realizado em 5 pacientes com dentes íntegros e oclusäo ideal sem disfunçäo do sistema estomatognático. Foram analisadas 3 situaçöes de dentiçäo para cada paciente, ou seja, a primeira na condiçäo de dentes naturais, a segunda com dentes artificiais Trubyte Biotone 33º, e a terceira, com dentes artificiais Orthosit PE. Dentro das condiçöes experimentais desta pesquisa, chegamos à conclusäo de que, em dentes naturais, as vertentes analisadas apresentam uma semelhança estatística entre si, ou seja, parece existir um paralelismo relativo entre elas. Observou-se, também que näo há correspondência entre as inclinaçöes das vertentes analisadas dos dentes superiores com as suas respectivas vertentes antagônicas inferiores. A inclinaçäo cuspídica dos dentes inferiores foi sempre maior em relaçäo aos superiores, e esse fato ocorreu com maior amplitude nos dentes artificiais. Os dois tipos de dentes artificiais testados näo apresentaram as inclinaçöes das vertentes analisadas, perfeitamente compatíveis com as dos dentes naturais. Entretanto, os dentes Trubyte Biotone com 33º de inclinaçäo cuspídica foram os que mais se aproximaram das inclinaçöes médias dos dentes naturais. Estes, sob aspecto da anatomia oclusal, parecem ser os mais indicados para se utilizar em próteses parciais removíveis