Estudo do comportamento motor espontâneo nos segmentos intestinais pré-ptiquia, da enteroptiquia e pós-ptiquia de ratos albinos

Publication year: 1996
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

As aderências pós-operatórias representam a causa mais frequente de obstruçäo do intestino delgado, investindo-se de gravidade, em virtude das alteraçöes orgânicas e metabólicas que desencandeiam, além das dificuldades técnicas que encerram. Desde o início do século, os vários progressos obtidos no campo terapêutico levaram a uma queda importante da sua morbidade e mortalidade, carregando ainda, discordâncias quanto ao manejo clínico e técnica cirúrgica. Na impossibilidade de evitá-las, concentra-se a atençäo para a prevençäo da obstruçäo intestinal decorrente da adesäo anárquica das alças. Um recurso técnico irrestrito, biologicamente natural e seguro é a plicatura sequencial das alças, conduzindo à aderências ordenadas (enteroptiquia). Com o intuito de demonstrar que a enteroptiquia näo compromete a peristalse intestinal, realizou-se em 66 ratos albinos, a plicatura parcial do íleo, analisando-se a atividade motora dos segmentos intestinais pré-ptiquia, da enteroptiquia e pós-ptiquia, aos 10, 20 e 60 dias de pós-operatório. Em todos os segmentos, as ondas do tipo I eram de baixa amplitude e mais rápidas; as ondas do tipo II apresentavam amplitude e duraçäo maiores, enquanto que as ondas do tipo III foram as de maior amplitude e menor velocidade, portanto, com frequência mais baixa. Pode-se observar um predomínio de ondas do tipo I nos três segmentos estudados, nos diferentes períodos de pós-operatório. As ondas do tipo II apresentaram frequência estatisticamente diferente nos grupos mortos aos 10 e 20 dias, porém näo no grupo morto aos 60 dias, levando a crer que com o tempo, há estabilizaçäo das contraçöes intestinais e, com relaçäo às ondas do tipo III, a ptiquia näo alterou a sua frequência de aparecimento. Apoiados nos inúmeros testes estatísticos, conclui-se que as alças submetidas à ptiquia comportam-se como alças livres, näo interferindo no funcionamento intestinal.

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