Analisa a representaçäo de sí e de objeto no campo das psicoses, através do psicodiagnóstico de Rorschach. Os Ss säo 20 pacientes ambulatoriais adultos, do sexo masculino, com idades entre 21 e 46 anos, diagnosticados como esquizofrênicos.

Para uma avaliaçäo sistemática das respostas obtidas aplica 4 instrumentos de análise:

teste de Rorschach, teste de inteligência näo-verbal (IVC-forma C) e os instrumentos complementares: crivo de representaçäo de sí; critérios de avaliaçäo da representaçäo de sí; escala de mutualidade de autonomia revisada (M.O.A.-R); critérios de análise da imagem corporal. Os resultados caracterizam o mundo interno do esquizofrênico marcado pela cisäo do psiquismo e por acentuada indiferenciaçäo afetiva e intelectual, no qual os enagramas se organizam em torno de uma representaçäo pouco coerente e estável do EU. Indicam a predominância de representaçöes arcaicas e regressivas, fragmentárias ou desvitalizadas, que possivelmente constituem o substrato para a fragmentaçäo perceptiva e para a distorçäo da relaçäo com o mundo. A escassa projeçäo de dinamismo e de atividade interacional nos perceptos denota o recurso à restriçäo maciça da expressäo das necessidades emocionais, como mecanismo de defesa básico contra a marcada imaturidade afetiva. A dissociaçäo vindo ao nível do EU, do objeto e da percepçäo, repercute, no aprofundamento das dificuldades de adaptaçäo social, que intensificam a dissensäo em relaçäo ao pensamento coletivo