Analisa a crueldade institucional, especialmente nos Institutos de Psicologia, a partir de um caso clínico institucional concreto.

Apoia seu estudo num esquema de referência que envolve hipóteses conceituais de:

Girard (1991) sobre a violência como o desejo mimético e a necessidade da vítima sacrificial; Enriquez (1990) sobre a inevitabilidade da pulsäo de morte nas instituiçöes; Kaës (1991) sobre o sofrimento psíquico como indício para o conhecimento dos processos institucionais; e Bleger (1991) sobre a sociabilidade sincrética e por interaçäo, bem como sobre o jogo de papéis institucionais. Os Ss säo 8 professores de uma universidade do interior do país, onde uma dinâmica de estereotipaçäo e marginalizaçäo redundou em processo jurídico-institucional documentado.

Questiona:

a crueldade institucional é culminância da crise do processo civilizatório? Do ponto de vista metodológico optou pelo clínico-institucional com base na proposta de Bleger e Bohoslavsky em consonância com o paradigma ético-estético envolvendo uma cartografia e uma historiografia na investigaçäo da instituiçäo. A análise envolve a Multiplicaçäo Dramático-Literária, que aponta jogo de forças pelo espaço institucional em processo multi-facetado de luta de classes com regressäo ao nível psico-familiar como um delírio. Conclui que a precária e inescrupulosa formaçäo profissional dos agentes institucionais privilegiados, os professores, acarreta transtornos ao processo sublimatório, conduzindo a instituiçäo a atentar contra seus objetivos primários