Magnésio no infarto agudo do miocárdio: reposiçäo e efeitos na mortalidade

Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Apesar dos recentes avanços terapêuticos, o IAM constitui-se em importante causa de morte, acometendo indistintamente a populaçäo, o que justifica a busca por terapêuticas eficazes e de baixo custo. Existem evidências, clínicas e experimentais de que o uso do magnésio poderia reduzir mortalidade em pacientes infartados.

Objetivo:

Verificar a mortalidade em pacientes na fase aguda do IAM com o uso do magnésio nas doses de 40 e 80 mmol por 24 horas.

Desenho do estudo:

Ensaio clínico randomizado, prospectivo, duplo-cego, placebo controlado.

Material e métodos:

Estudados 66 pacientes nas primeiras 24 horas de evoluçäo do IAM, randomizados em grupo I (placebo) com 22 pacientes, grupo II (40 mmol de magnésio) com 25 pacientes e grupo III (80 mmol de magnésio) com 19 pacientes.

Resultados:

Verificados três (13,6 por cento) óbitos no grupo I, um (4,0 por cento) no grupo II e seis (31,6 por cento) nogrupo III, com diferença significante na comparaçäo entre os grupos II e III. A reduçÝo de mortalidade foi de 70 por cento no grupo II (40 mmol de magnésio) comparando com o I (placebo), observado aumento da mortalidade de 57 por cento no grupo III (80 mmol de magnésio) comparando com o grupo I, porém sem significância estatística.

Conclusöes:

A reduçäo de mortalidade observada no grupo de pacientes que recebeu magnésio na dose de 40 mmol é superponível àquela observada na literatura, entretanto o número reduzido de pacientes provavelmente näo permitiu significância estatística. A elevada mortalidade verificada no grupo que recebeu 80 mmol de magnésio provavelmente foi acentuada pelo perfil de maior gravidade desses pacientes, entretanto a literatura indica tendência a pior prognóstico em pacientes que utilizaram doses semelhantes.

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