Caracteriza o perfil profissional de enfermeiras graduadas no Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas, no período de 1981 a 1993. Realiza a seleçäo de sujeitos cujos discursos foram analisados e possibilitaram a compreensäo da prática de enfermagem, a partir da exploraçäo de alguns eixos temáticos, tais como: processo de escolha e realizaçäo profissional; concepçäo de saúde-doença; saúde e trabalho na enfermagem; formaçäo e prática profissional. A caracterizaçäo geral permitiu identificar que se trata de uma populaçäo predominantemente composta de profissionais do sexo feminino, jovens, casadas e que ingressaram no Curso de Graduaçäo sem experiência anterior em enfermagem. A grande maioria, cerca de 97 por cento, assumiu atividade profissional após a formaçäo e apenas 10 por cento näo exerciam a profissäo no momento de realizaçäo da pesquisa. A maior parte trabalhava em serviços públicos de saúde situados no Estado de Säo Paulo, com predomínio no Município de Campinas. Aproximadamente 50 por cento se concentrava em serviços hospitalares e 18 por cento em rede básica de saúde. A remuneraçäo média correspondeu a 13 salários mínimos e a jornada de trabalho mais freqüente foi de 40 horas semanais. O vínculo duplo de trabalho foi indicado por 17 por cento da populaçäo estudada e promoveu um acréscimo médio de 25 horas semanais de trabalho e 6 salários mínimos. Em relaçäo ao processo de aperfeiçoamento profissional, perto de 50 por cento indicou ter realizado especializaçäo, aprimoramento ou habilitaçäo. Cerca de 70 por cento indicou identificaçäo com a prática realizada e, ao mesmo tempo, referiu insatisfaçäo diante das condiçöes de trabalho. No tocante ao cuidado com a própria saúde, os sentidos foram múltiplos e as práticas orientaram-se em várias direçöes, entretanto, houve o predomínio de uma prática de autocuidado incoerente com aquela destinada aos pacientes/clientes