Busca compreender a representaçäo social da mäe acerca da criança portadora de Síndrome de Down. Para tanto, conta com a participaçäo de nove mäes, cujos filhos portadores de Síndrome de Down encontram-se na faixa etária compreendida entre seis e doze anos inclusive e freqüentam um serviço especializado voltado para o atendimento a crianças com deficiência mental, no Município de Säo Paulo. O material estudado foi obtido através de entrevista semi-estruturada e individual, realizada pela própria pesquisadora; e analisado por meio do método de análise de conteúdo, especificamente a análise temática. Os resultados apontam para uma representaçäo materna acerva da criança na qual predominam elementos negativos, que abrangem aspectos físicos, de desempenho e sociais. Somente as características psicológicas contribuem para compor uma imagem infantil favorável. Com base nesta percepçäo, a mäe experimenta sentimentos ambivalentes e comporta-se de modo superprotetor junto ao filho. Sendo assim, tal representaçäo pode ser mais incapacitante e segregadora do que as próprias limitaçöes inerentes à Síndrome de Down. Ressalta a importância dos profissionais que atuam junto à criança com Síndrome de Down, entre eles a enfermeira, contemplarem a mäe e outros responsáveis pertencentes ao círculo de convívio infantil em sua assistência, de modo a fazê-los compreender a estreita relaçäo existente entre a sua representaçäo acerca da criança e a maneira como se sentem e agem perante ela