Modelos de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) para formulaçöes lácteas produzidas em lactários hospitalares
Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Prática de Saúde Pública to obtain the academic title of Mestre. Leader:
Nesta pesquisa, realizaram-se visitas e acompanhamentos em 8 lactários hospitalares da cidade de Säo Paulo, com o objetivo principal de desenvolver modelos específicos e genéricos de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC). O estudo visou à preparaçäo de formulaçöes lácteas autoclaváveis e näo-autoclaváveis destinadas a lactentes hospitalizados. Por meio da observaçäo e de mediçöes de tempo e temperatura foram estabelecidos dagramas de fluxo das formulaçöes lácteas autoclaváveis e näo-autoclaváveis mais utilizadas, no período da pesquisa, em cada lactário. Após esta fase, as preparaçöes foram acompanhadas três vezes em cada local com colheita de amostras para análise microbiológica de leite em pó ou leite líquido, água e espessantes utilizados como matérias-primas. As formulaçöes já preparadas foram administradas logo após o envasamento nas mamadeiras, no final do tratamento térmico em autoclave (formulaçöes autoclaváveis), no final da fase de resfriamento e no final do prazo de validade estabelecido em cada lactário. Na análise da água utilizada na diluiçäo do leite em pó foram pesquisadas as presenças (teste P/A) de coliformes totais e fecais, bactérias do gênero Aeromonas, estafilococos coagulase-positivos, Pseudomonas aeruginosa, estreptococos fecais e clostrídios sulfito-redutores. Os utensílios e equipamentos dos lactários foram amostrados e analisados pelas contagens de microrganismos mesófilos aeróbios ou facultativos. Os resultados das análises microbiológicas revelaram que 16,7 por cento das amostras de leite em pó em uso nas preparaçöes autoclaváveis e 23,8 por cento nas preparaçöes näo-autoclaváveis estavam em desacordo com a Portaria 01 de 28/01/87 do Ministério da Saúde. Em 80 por cento das amostras de água fervida, verificou-se algum grau de contaminaçäo por microrganismos heterotróficos e em 46,7 por centoo constatou-se resultado positivo a pelo menos um grupo de microrganismos do teste de P/A. A contaminaçäo verificada na água foi associada à manipulaçäo posterior ao tratamento realizado no lactário. Os utensílios dos lactários que näo separavam os materiais de preparo de formulaçöes autoclaváveis e näo-autoclaváveis tiveram índices acima de 80 por cento de amostras insatisfatórias, más ou péssimas de acordo com os padröes utilizados