Assistência ao parto no Brasil: o lugar do näo-médico

Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Saúde Materno-Infantil to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Oferece uma abordagem em profundidade do tema da participaçäo de näo-médicos na assistência ao parto, em particular, de enfermeiras obstétricas. Inicia-se com uma revisäo histórica sobre: 1) a participaçäo masculina no parto, a partir do século XVII; 2) as disputas de parteiras e médicos nos Estados Unidos e Inglaterra, ao longo do século XIX; e 3) a formaçäo de parteiras no Brasil, do século XIX até os dias atuais. Faz análise do relacionamento de parteiras e enfermeiras, de suas afinidades e incompatibilidades, tomando as deusas da mitologia grega como figuras arquetípicas do comportamento feminino. Atualiza a discussäo dos modelos de formaçäo de parteiras no Brasil, e faz uma recuperaçäo histórica dos recentes movimentos sociais rumo ao parto humanizado, e suas repercussöes nos serviços de saúde e no ensino. Termina com uma análise da filosofia de trabalho dos näo-médicos, e como estes profissionais poderiam ajudar a reduzir as intervençöes no parto. Conclui que médicos e parteiras trabalham orientados por paradigmas assistenciais opostos, que em seu extremo, säo complementares: as primeiras, orientando-se pelos limites da mulher, e os últimos, pela da tecnologia; que os näo-médicos poderiam garantir o espaço do parto humanizado e naturalizado, em um tempo onde a obstetrícia médica mostra-se täo empenhada em antecipar-se à natureza; e que a assistência materna poderia ser substancialmente melhorada com a participaçäo de näo-médicos no parto

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