Estudo do padräo mioelétrico do cólon esquerdo em pacientes portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica

Publication year: 1995
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Ciênicas da Saúde to obtain the academic title of Mestre. Leader:

O granuloma esquistossomótico determina lesSes anatomopatológicas a nível dos plexos mioentéricos e submucoso do trato gastrointestinal, secundárias a reaçSes imunológicas. Essas lesSes podem produzir alteraçSes da motilidade intestinal. O objetivo deste estudo foi determinar o padrÝo da atividade mioelétrica do cólon esquerdo em pacientes esquistossomóticos, na forma hepato-esplênica. Foram utilizados dezessete pacientes, sendo doze esquistossomóticos e cinco do grupo controle, submetidos a histerectomia. Eletrodos bipolares cobertos por Téflon (fio de marcapasso) foram implantados a nível da tênia anterior do cólon esquerdo, em número de três pares, distando cinco centímetros (cm) um do outro, estando o último eletrodo a vinte cm da reflexÝo peritoneal. Após a recuperaçÝo do íleo paralítico pós-operatório, iniciou-se o processo da coleta de dados . Foi utilizado um sistema de aquisiçÝo de dados (DATA Q Série 200), que capta frequencia entre 0,02 a 10 Hz. Antes de serem registrados na placa de aquisiçÝo de dados, os sinais foram amplificados com um ganho de 1000 vezes, e armazenados em disquetes, utilizando-se um software de aquisiçÝo (WINDAQ 200), que roda no ambiente WINDOWS. As frequências situadas abaixo de 0,3 Hz sÝo selecionadas para a Atividade Elétrica de Controle (AEC) e as frequências entre 0,7 e 10Hz selecionadas para a Atividade Elétrica de resposta (AER). Os resultados obtidos evidenciaram uma AEC com predomínio da baixa frequencia nos dois grupos de pacientes esquistossomóticos apresentou uma AEC estatisticamente menor, quando comparado com o grupo controle (p=0,009). A AER de curta duraçÝo também apresentou uma diferença estatísticamente significativa (p=0,037). Ou seja, o grupo de pacientes esquistossomóticos apresentaram uma média de 96,56 contraçSes por hora, enquanto que os pacientes do grupo controle apresentaram em média 128,83 contraçSes por hora. NÝo houve diferenças relacionadas à duraçÝo da AER de curta duraçÝo. A AER de longa duraçÝo nÝo apresentou diferença estatisticamente significativa, tanto em relaçÝo ao número, quanto à duraçÝo, assim como nÝo houve diferenças relacionadas ao "cluster". O autor conclui que os pacientes portadores de esquistossomose hepatoesplênica apresentam uma AEC e uma AER de curta duraçÝo menores do que o grupo controle, nÝo havendo diferenças no que tange à AER de longa duraçÝo e o número e duraçÝo dos "cluster"

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