Foi realizado um estudo transversal com objetivo de avaliar a implantaçäo do programa de Infecçäo Respiratória Aguda do Ministerio da Saúde, na cidade do Recife, no período de dezembro de 1994 a fevereiro de 1995. Utilizou-se entrevistas de 222 mäes/acompanhantes, observaçäo de freqüência respiratória e tiragem de 222 crianças menores de 5 anos com IRA, imediatamente após a consultas com 111 pediatras, que foram entrevistados ao final do seu horário de atendimento. Foram também aplicados questionários nas unidades de saúde para verificar sua adequaçäo ao programa. Foi encontrado que 55,5 por ciento do total dos médicos haviam recebido treinamento, 56.4 por ciento referiram conhecer as normas e 91.7 por ciento aplicavam de pouco a regular os critérios do programa. Houve 49 por ciento de prescriçöes de antibióticos, nas crianças observadas, em desacordo com as indicaçöes ds normas. Pouco mais da metade (59.9 por ciento) das mäes entenderam completamentamente as prescriçöes médicas, 91.4 por ciento conhecem alguns dos cuidados a serem dispensados em casa à criança com IRA e 68 por ciento conhecem alguns dos sinais de gravidade recomendados pelo programa. As unidades de saúde estäo inadequadas para o desenvolvimento do programa, visto que menos 30 por ciento dispöem das normas padronizadas, 1 por ciento desenvolve atividades educativas e um pouco mais de 30 por ciento tem os medicamentos mínimos básicos para o programa durante todo o mes, sem faltar. Observou-se que o treinamento näo provocou mudança na prática diária do atendimento médico e que o sistema de saúde näo está adequado para bem assistir as crianças com IRA