Mortalidade por causas externas nos municípios de Santo André, Säo Bernardo do Campo, Säo Caetano do Sul e Diadema (Säo Paulo), de 1970 a 1992
Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia to obtain the academic title of Mestre. Leader:
Descreve as mortes por causas externas (violentas), segundo local de residência, nos municípios de Santo André, Säo Bernardo do Campo, Säo Caetano do Sul e Diadema, no período de 1970 a 1992. As variáveis definidas foram sexo, idade, estado civil, grau de instruçäo, ocupaçäo, local de ocorrência e causa básica dos óbitos. As causas básicas foram enfocadas na sua totalidade e agrupadas em acidentes de trânsito, homicídios, demais acidentes, suicídios e demais causas. Os resultados mostraram aumento das taxas de mortalidade por causas externas com exceçäo de Säo Bernardo do Campo. De 1970 a 1992, em Santo André foram de 50,88 para 74,94, em Diadema de 100,69 para 128,98 e, em Säo Caetano do Sul foram de 56,06 para 56,44, todos óbitos por cem mil habitantes. Em Säo Bernardo do Campo o coeficiente foi de 116,96 para 91,58 óbitos. Houve aumento da mortalidade proporcional em Santo André (de 6,78 para 12,33), Säo Bernardo do Campo (de 12,44 para 17,32) e Diadema (de 10,89 para 23,26), em Säo Caetano do Sul foi observada (de 7,39 para 6,39). As mortes concentraram-se nos indivíduos jovens e do sexo masculino. Para as mulheres mantiveram-se em patamares estáveis. Os maiores coeficientes foram encontrados nas faixas etárias de 15 a 39 anos, sendo o maior aumento na de 15 a 19 anos. O destaque foi o crescimento dos homicídios a partir da década de 80 nos municípios de Diadema e Säo Bernardo do Campo. Os acidentes de trânsito constituíram-se na principal causa de morte violenta nos 4 municípios na primeira década do estudoe foram sendo substituídos. Entre os demais acidentes, destacaram-se os afogamentos e quedas; os suicídios ocuparam posiçäo discreta. Os municípios de piores índices sócio-econômicos e de qualidade de vida foram os que apresentaram maiores taxas de crescimento dos coeficientes de morte por causas violentas