Estuda a avaliaçäo sistemática de comunicantes de pacientes bacilíferos de uma Unidade de Referência Ambulatorial em tuberculose e doenças pulmonares, o Instituto Clemente Ferreira (ICF), localizado na cidade de Säo Paulo e o compara com as normas brasileiras e britânicas para o controle da tuberculose. Estuda também a qualidade das informaçöes contidas nos prontuários e verifica se foram dadas orientaçöes aos casos-índice e seus comunicantes a respeito da doença. Foi realizado levantamento retrospectivo dos 488 prontuários de casos-índice matriculados e tratados no ICF no ano de 1993 bem como das fichas dos 189 comunicantes avaliados. Neste ano, 369 comunicantes foram identificados e destes, 189 (51,3 por cento) foram avaliados no ICF. Houve significativa ausência de informaçäo sobre características sócio-econômicas do paciente como tipo de domicílio (90,6 por cento), renda (95,5 por cento), escolaridade (96,9 por cento) e número de pessoas que dormiam no mesmo cômodo (82,4 por cento). A informaçäo sobre presença ou ausência de tosse näo foi anotada em 20,7 por cento dos prontuários. Dados como, tipo de contato (intra ou extradomiciliar) esteve presente em 92,1 por cento das fichas de comunicantes. As orientaçöes sobre a doença foram feitas a 86,9 por cento dos casos-índice. Foi diagnosticada tuberculose em 16 (8,9 por cento) comunicantes de 1991 a 1993. A relaçäo comunicantes por caso-índice foi abaixo da esperada bem como a proporçäo de comunicantes avaliados dentre os identificados. Näo houve cumprimento das normas brasileiras nem uniformidade de condutas. O mesmo médico, muitas vezes, tomou condutas diferentes. A qualidade do preenchimento dos prontuários foi insatisfatória. Apenas parte dos casos e comunicantes receberam orientaçöes sobre a doença