Efeito da carência protéica na evoluçäo da cicatrizaçäo do cólon distal, no rato: avaliaçäo da força de ruptura, da hidroxiprolina tecidual e estudo anatomopatológico

Publication year: 1991
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual Paulista \"Júlio de Mesquita Filho\" to obtain the academic title of Doutor. Leader:

No presente trabalho procurou-se avaliar a influência da desnutriçäo protéica na cicatrizaçäo de anastomose do cólon distal em ratos. Para tal, foi utilizado oestudo da força de ruptura, a dosagem do colágeno tecidual (hidroxiprolina/proteína tecidual) e o exame anatomopatológico. Foram utilizados 360 ratos distribuídos, por sorteio, em 4 grupos, assim constituídos: Grupo I - dieta-controle; Grupo II - dieta hipoprotéica; Grupo III - dieta-controle e cirurgia; Grupo IV - dieta hipoprotéica e cirurgia. Os animais dos grupos I e III receberam dieta contendo 20 por cento de caseína e, os dos grupos II e IV, com 2 por cento de caseína. Após um período de 21 dias, um lote de animais de cada grupo foi sacrificado para avaliaçäo dos parâmetros mencionados anteriormente, sendo este momento caracterizado como MO. Os demais animais dos grupos III e IV foram submetidos a anastomoses do cólon distal. Tanto os animais dos grupos GI e GIII como os dos grupos GII e GIV, continuaram a receber as respectivas dietas durante período de mais de 21 dias.

Este período foi dividido em 4 momentos:

M1 (4§ dia); M2 (7§ dia); M3 (14§ dia) e M4 (21§ dia), nos quais os animais foram sucessivamente sacrificados. Com base nos resultados obtidos, verificou-se que a força de ruptura do segmnento do cólon esquerdo dos animais desnutridos (grupo II) foi menor do que no grupo-controle (grupo I), sem que houvesse diferença na concentraçäo do colágeno tecidual entre os dois grupos. Em relaçäo aos animais operados, verificou-se, no pós-operatório, diminuiçäo da força de ruptura das anastomoses intestinais em ambos os grupos (GIII e GIV), sendo que, nos animais com carência protéica, a força de ruptura foi menor 33 por cento em M1, 39 por cento em M2, 34 por cento em M3 e 32 por cento em M4 em relaçäo aos respectivos controles. Nos animais com carência protéica, os valores da concentraçäo do colágeno na cicatriz, foram menores que no controle em M1 e M2, e maiores em M3 e M4. Os animais com carência protéica apresentaram retardo da fase latente do processo de cicatrizaçäo, caracterizada por diminuiçäo da resposta inflamatória no 4§ dia de pós-operatório e pelo retardo da eliminaçäo dos fios de sutura para o interior da alça intestinal. Com base neste estudo experimental, evidenciou-se que a desnutriçäo da força de ruptura, alteraçäo da concentraçäo do colágeno e prolongamento da fase latente do processo cicatricial.

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