Estudos psicológicos sugerem que fatores psicológicos podem estar relacionados à mastalgia. O estudo realizado tem por objetivo caracterizar a dor na mama das mulheres (mastalgia) atendidas no Serviço de Mastologia do Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Escola da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro - Uberaba, MG (Brasil), e através de informaçöes diferentes fornecidas pelo pesquisador, e avaliar alteraçäo no relato de dor. Os Ss säo 50 mulheres; entre 19 e 72 anos. Realiza uma entrevista semi-estruturada com os Ss e solicita registro da ocorrência da mastalgia no domicílio, durante uma semana. Ao retornarem com o registro de dor, o pesquisador transmite aos Ss informaçöes sobre a dor na mama (Grupo A) ou sobre estilo de vida (Grupo B), näo relacionada à dor, quando entäo foi solicitado outro registro dos episódios de dor, como o anterior. Os dados demonstram que a dor é avaliada de moderada a intensa, com duraçäo de um a dez anos para a maioria, e que utilizam estratégias para lidar com ela, pois interfere nos relacionamentos, trabalho e outros. Ocorre no trabalho ou no lazer, com ou sem atividade física, sozinhas ou acompanhadas, entre outros, sugerindo multideterminaçäo. A maioria tem medo que a dor seja sinal de câncer, e algumas relacionaram depressäo, problemas conjugais e familiares, medo à mastalgia. Há indícios de que a orientaçäo sobre dor na mama tranquiliza as mulheres, e verifica a necessidade de propor estratégias psico-educacionais para populaçöes de ambulatórios de hospitais