A mulher e a esterilizaçäo: do mito da emancipaçäo ao desvelamento da subalternidade

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Saúde Materno-Infantil to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Caracteriza a populaçäo feminina esterilizada, residente na Regiäo Sul do Município de Säo Paulo, em 1992. Foram realizadas entrevistas domiciliares com mulheres em idade reprodutiva, empregando-se variáveis de caráter biológico, demográfico e socioeconômico. Constata que 43 por cento das mulheres, que faziam uso de algum tipo de método anticoncepcional (MAC), estavam esterilizadas. A idade mediana na esterilizaçäo foi de 30 anos e o número médio de filhos nascidos vivos até a cirurgia foi de 3,3. Na maioria dos casos, a esterilizaçäo foi realizada por ocasiäo de uma cesárea. A esterilizaçäo revelou-se como a alternativa ao uso exaustivo da pílula, sendo realizada precocemente através de uma cesárea. Este quadro aponta para a precariedade das políticas de saúde voltadas para a anticoncepçäo. Por outro lado, a responsabilidade pela contracepçäo fica limitada à atuaçäo da mulher, sendo muito pequena a participaçäo do homem, as opçöes ligadas ao planejamento da fecundidade estäo associadas ao mundo doméstico e às açöes individuais, refletindo a despolitizaçäo da mulher em relaçäo aos direitos reprodutivos

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