Raiva humana: estudo documental a partir de dados do Instituto Pasteur de Säo Paulo, 1970-1997

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Prática de Saúde Pública to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Realiza estudo retrospectivo de raiva humana a partir dos casos registrados pelo Instituto Pasteur de Säo Paulo, no período de janeiro de 1970 a janeiro de 1997. Foram analisados os aspectos clínicos, epidemiológicos, laboratoriais e de tratamento pós-exposiçäo ao vírus rábico, de todos os registros com a respectiva confirmaçäo laboratorial. A distribuiçäo por sexo foi de 74,7 por cento para os homens e 25,3 por cento para as mulheres, sendo que, até a idade de 12 anos, tem-se 46,9 por cento dos óbitos. Verificou-se que o cäo foi responsável por 92,3 por cento do total de casos, sendo que a forma de transmissäo mais frequentemente relatada foi por meio da mordedura do animal doente. O período médio de incubaçäo foi de 73 dias, com a mediana estabelecida em 54 dias., Em 54,2 por cento dos registros a agressäo atingiu a regiäo da cabeça e membros superiores. O período médio de evoluçäo da doença foi de 6 dias, sendo a hidrofobia, aerofobia, febre e alteraçäo do comportamento, os sintomas mais citados na descriçäo clínica dos casos. Foi verificada a sensibilidade dos testes clássicos realizados para diagnóstico da raiva post-mortem, sendo que a prova histológica, utilizando-se a coloraçäo de Sellers, apresentou 75,6 por cento; a prova de Imunofluorescência direta, 95,6 por cento; e a inoculaçäo em camundongos para o isolamento de vírus, apresentou 99,5 por cento de sensibilidade. Dos testes laboratoriais realizados com o paciente ainda em vida, obteve-se uma positividade de 32,1 por cento para decalques de células da córnea, e 35,7 por cento no isolamento do vírus da saliva dos pacientes

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