Estudo clínico e sorológico da hepatite aguda näo-A näo-B em Salvador-Bahia

Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Introduçäo:

O recente conhecimento das novas viroses hepatotrópicas, estimula o entendimento da história natural da hepatite induzida por estes agentes.

Objetivos:

Este estudo objetivou a investigaçäo clínica, bioquímica e sorológica, assim como a etiologia dos casos de hepatite aguda viral Näo-A Näo-B acompanhados num Centro de Referência para Doenças Hepáticas em Salvador-Bahia.

Populaçäo e Métodos:

Entre Julho/92 e Outubro/94, 147 pacientes com quadro clínico-laboratorial de hepatite aguda viral foram avaliados no Serviço de Gastro-Hepatologia. A suspeita de hepatite aguada viral se deu pelos achados clínicos clássicos da doença, assim como pela elevaçäo da ALT superior a quatro vezes o limite máximo da normalidade. O VHA e VHB foram investigados através da determinaçäo de anti-VHA IgM, anti-HBc IgM, AgHBs. Nos casos negativos para esses marcadores segui-se a determinaçäo do anti-CMV IgM, anti-EBV IgM, anti-VHC, anti-VHE. O VHC-RNA por PCR foi realizado em todos os pacientes com hepatite Näo-A Näo-B e o VHG-RNA por PCR foi realizado nos pacientes negativos para o VHC-RNA.

Resultados:

Dos 147 pacientes estudados, 53 (36, 6 porcento) foram relacionados ao VHA, 51 (34,7 porcento) ao VHB, 13 (8,8 porcento) ao VHC, 5 (3,4 porcento) ao VHE, e 25 (17 porcento) foram soro-negativos para todos os marcadores supracitados, (VHX). Nenhum desses pacientes foi positivo para EBV e CMV. No total, 43 pacientes foram considerados como hepatite aguda Näo-A Näo-B, sendo 5/43 (11,6 porcento) pelo VHE, 13/43 (30,1 porcento) pelo VHC, e 25/43 (58,1 porcento) pelo VHX. Na "coorte" montada a partir do diagnóstico de hepatite Näo-A Näo-B, observamos que os 5 casos como soro-positividade para o VHE resolveram sua doença nos primeiros seis meses de acompanhamento. Nos pacientes com etiologia pelo VHC, 53,8 pocento (7/13) normalizaram ALT nos primeiros seis meses de acompanhamento, persistindo alteraçöes ALT em 46,2 porcento (6/13). O VHC-RNA permaneceu positivo após 6 meses de acompanhamento em 69,2 porcento (9/13) pacientes sugerindo cronificaçäo do processo independente dos valores de ALT. Dos 4 pacientes que normalizaramm aminotransferases e negativaram VHC-RNA, o acompanhamento a longo prazo mostrou que em dois deles houve reaparecimento do VHC-RNA, sugerindo reativaçäo do processo viral em falência...

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