Sobrevivência a curto prazo de implantes osseointegrados instalados em rebordos alveoláres reconstruidos com enxerto autógeno

Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Odontologia de Bauru to obtain the academic title of Doutor. Leader:

O tratamento de pacientes desdentados totais ou parciais tornou-se, com o surgimento dos implantes osseointegrados, uma opçäo viável e com prognóstico previsível. Após a perda do elemento dental, o rebordo alveolar sofre, com o passar do tempo, processo de reabsorçäo que pode ou näo ser acentuado por fatores externos. Pacientes que näo possuam altura ou espessura adequada do rebordo alveolar em decorrência destes ou de outros fatores ficam impossibilitados de receberem reabilitaçäo funcional através de implantes osseointegrados. Com o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas apropriadas, a possibilidade de tratamento destes pacientes através de implantes osseointegrados tem se tornado realidade. Diversas técnicas de enxerto ósseo foram publicadas com o objetivo de definir o melhor método visando o restabelecimento de estrutura óssea adequada ao rebordo alveolar dos pacientes, permitindo a posterior instalaçäo dos implantes. De acordo com conceitos atuais, o objetivo deste trabalho é avaliar a viabilidade e efetividade de diversas técnicas de enxerto ósseo autógeno na reconstruçäo do rebordo alveolar perdido, bem como a sobrevivência a curto prazo de implantes osseointegrados do sistema NAPIO instalados nessas áreas. Foram avaliados 50 pacientes, com idade variável entre 13 e 68 anos, tratados de acordo com as seguintes técnicas: "onlay" com implantes imediatos; "onlay" com implantes tardios; "inlay" com Le Fort I; "inlay" sem Le Fort I e combinado "inlay-onlay" com implantes imediatos ou tardios, utilizando blocos de osso fresco removido da crista do ilíaco, tíbia, mento e linha oblíqua externa da mandíbula.

Os pacientes foram avaliados quanto:

(1) à sintomatologia dolorosa das áreas doadoras e receptora; (2) a acidentes e complicaçöes no pós-operatório imediato da cirurgia de posicionamento do enxerto, com relaçäo à áreas doadora e receptora; (3) à sobrevivência dos implantes inseridos, de acordo com critérios de imobilidade, ausência de radiolucidez peri-implantar e sintomatologia dolorosa. Os resultados obtidos indicam que a técnica "onlay" com implantes tardios apresentou a maior taxa de sobrevivência dos implantes (100 por cento), acompanhado pelas técnicas "inlay" sem Le Fort (92 por cento), "inlay" com Le Fort (86,7 por cento) e "onlay" com implantes imediatos (60 por cento).

Estes dados sugerem que:

- os enxertos ósseos autógenos se constituem em forma de tratamento viável e adequada para a reabilitaçäo de pacientes com deficiência de rebordo...

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