Este trabalho teve por objetivo avaliar em molares de ratos, o grau de cariogenicidade de diversos açúcares encontrados no mercado e consumidos pela populaçäo: sacarose, na forma de açúcar refinado, mascavo e cristal; glicose e frutose. Para tanto, utilizou-se 70 ratos de ambos os sexos (Rattus novergicus, albinus) distribuídos em 5 grupos de 14 animais cada. Todos os animais receberam ad libitum água destilada e a raçäo cariogênica 2.000a preconizada por REGOLATI & MUHLEMANN 48, na qual, com exceçäo do grupo controle, o açúcar refinado foi substituído totalmente pelos açúcares em estudo, obedecendo ao seguinte esquema: Grupo I - (controle), Grupo II - açúcar mascavo, Grupo III - açúcar cristal, Grupo IV - glicose, Grupo V - frutose. As quantidades de líquido e raçäo consumidos foram avaliadas diariamente e os animais pesados semanalmente para controle do ganho de peso. Observou-se que os machos do grupo da frutose (G V) tiveram um menor desenvolvimento ponderal ao longo do período experimental que correspondeu a 45 dias, quando procedeu-se ao sacrifício dos animais. Foram entäo removidos os segmentos ósseos maxilares e mandibulares e preparados para o exame das lesöes de sulco de molares, segundo o método de Keyes.

A análise dos dados obtidos permitiu concluir que:

- a glicose e a frutose produziram um índice de cárie em esmalte menor que o açúcar refinado, sendo a diferença estatisticamente significante; - o grupo do açúcar mascavo e o grupo do açúcar cristal tiveram menos cáries em esmalte que o grupo controle, embora as diferenças näo tenham sido significantes do ponto de vista estatístico; - o açúcar cristal, a glicose e a frutose apresentaram valores mais baixos nos escores de cárie de dentina superficial e de dentina média estatisticamente significantes