A adesäo ao Programa de Controle da Tuberculose no distrito sanitário do Butantä, Säo Paulo

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Investiga a adesäo ao Programa de Controle da tuberculose (PCT) em Säo Paulo (SP), especificamente quanto ao tratamento medicamentoso, através da identificaçäo das representaçöes dos doentes sobre o processo saúde-doença, a assistência prestada e o tratamento, verificando quais os processos que levam os doentes a conclui-lo. Foram estudados 18 depoimentos de egressos do PCT, de unidades de saúde do Distrito Sanitário do Butantä-SP, de abril de 1995 a abril de 1996. A análise do material empírico foi feita à luz de duas vertentes teóricas, a Teoria das Necessidades e a Teoria da Determinaçäo Social do Processo Saúde-Doença, operacionalizadas através de técnica que pöe em evidência os sentidos e os significados das açöes contidas nos discursos, buscando-se a apreensäo da lógica subjacente. os resultados evidenciam que a inserçäo no processo de produçäo, parece influenciar o modo como os sujeitos vivenciam a doença e a adesäo ao PCT. O imaginário em relaçäo à doença, bem como o comportamento do doente parecem estar ligados à forma como a sociedade impöe atitudes e normas com respeito à tuberculose. Como produto da relaçäo das pessoas com o trabalho e a vida, os doentes lidam com a enfermidade estabelecendo projetos de vida, nos quais a superaçäo da doença é um objetivo a ser alcançado e a razäo pela qual se concretiza a adesäo ao tratamento. A adesäo também está associada à forma como se processa a assistência à saúde, dependendo da organizaçäo dos processo de trabalho nas unidades de saúde. O atendimento às necessidades das pessoas, transcendendo a dimensäo biológica, possibilitando um espaço de interlocuçäo entre o trabalhador de saúde e o doente, constitui o alicerce que vai determinar o engajamento no tratamento. O respaldo que o sujeito enfermo pode dispor nos âmbitos da família, do trabalho e na assistência também coloca-se como suporte para a adesäo, pois constitui-se como espaço para a compartilha e o enfrentamento do processo saúde-doença

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