Realizou-se um estudo exploratório e descritivo de corte qualitativo sobre a prescriçäo medicamentosa na visäo do paciente idoso e de como ele se relaciona com o médico, farmacêutico e enfermeiro, mediante entrevistas semi-estruturadas. Uma amostra intencional de 30 pacientes idosos, residentes da regiäo urbana da cidade de Maringá, Estado do Paraná, Brasil, foi entrevistada no período de 25/02 a 22/03 de 1998. Os participantes foram selecionados a partir do banco de dados da Famárcia Co-participativa do Departamento de Farmácia e Farmacologia da Universidade Estadual de Maringá. O modo de interagir com o medicamento é para o sujeito coletivo uma questäo de sobrevivência, à qual ele se adapta conforme o momento; por outro lado, pode interromper a medicaçäo e näo concordar com a prescriçäo. O sujeito coletivo evidencia a necessidade de um relacionamento de duas mäos, ou seja, tanto o prescritor como o paciente devem dialogar abertamente e com muita clareza e confiança a respeito da doença e do tratamento efetuado. Quanto ao farmacêutico e ao enfermeiro, estes têm para o paciente idoso uma importância muito positiva na conduçäo da terapêutica prescrita. Há muita clareza, para o idoso, quanto de diferença existe na formaçäo técnico-científica para uma conduçäo orientada e responsável do farmacêutico e do enfermeiro, quando comparados aos balconistas de farmácia ou auxiliares/técnicos de enfermagem