Esta investigaçäo trata da controvérsia acerca da teoria piagetiana das operaçöes concretas e formais e seus modelos. Levantou-se a hipótese de que a teoria era interpretada neglicenciando sua estreita relaçäo com a epistemologia genética de J. Piaget.

A tese está sustentada e um quadro metateórico do qual emergiu a seguinte interpretaçäo:

(a) trata-se de uma teoria experimental, genética, sobre a inteligência operatória cujo objetivo científico é o sujeito epistêmico; (2) seus modelos lógicos explicariam, formalmente, o funcionamento das estruturas mentais específicas para o conhecimento lógico-matemático desse sujeito.

As avaliaçöes críticas mostram:

(a) os contendores, por um erro de interpretaçäo, afirmam que teoria näo dá conta da competência lógica ou do procedimento do sujeito psicológico quando raciocinam; (b) ou que os modelos, também por um erro de interpretaçäo, näo descrevem o procedimento do sujeito psicológico quando raciocinam; (c) as incorreçöes na axiomatizaçäo, mostradas pela análise sintática, levam ao descrédito. Essas consideraçöes acarretam a caducidade da teoria atribuindo-lhe apenas um valor histórico. Foi contra-argumentado ser um engano epistemológico exigir que a teoria possa dar conta do sujeito psicológico e que seus modelos possam descrever as inúmeras estratégias possíveis quando se raciocina. Apenas é possível explicar formalmente as possibilidades dos raciocínios dedutivos. Daí porque a teoria e seus modelos näo perderiam seu valor heurístico, em que os modelos empíricos apresentados pelos críticos säo um xeque-mate à lógica operatória