A partir de 1965, a talidomida voltou a ser empregada na terapêutica de determinadas condiçöes patológicas, entre as quais o eritema nodoso hansênico, lúpus eritomatoso, aftas bucais e, mais recentemente, inclusive a AIDS. O mecanismo de açäo antiinflamatória e imunodepressora da talidomida é muito controvertida e näo está ainda esclarecida. Desta forma, propusemo-nos a estudar seu efeito antiinflamatório, avaliando: 1) sua interferência na formaçäo do exsudato inflamatório, através do teste edemogênico do azul de Evans; 2) sua influência no número de leucócitos circulantes, através da realizaçäo de leucogramas, e na migraçäo neutrofílica para os tecidos, através da implantaçäo subcutânea de lamínulas de vidro; 3) sua influência na formaçäo de granulomas induzidos pela implantaçäo de esponjas de PVC e de lamínulas de vidro no tecido subcutâneo, visando os seguintes elementos: migraçäo, morfologia e atividade dos macrófagos e células gigantes multinucleadas inflamatórias bem como o grau de edema e o índice de fibrosamento. Todos os testes foram realizados em ratos...