O presente trabalho objetivou verificar a fidelidade do traçado predictivo em relaçäo ao traçado cefalométrico pós-cirúrgico. Para tanto, foram selecionados 40 telerradiografias, pré e pós-operatórias, de pacientes das Faculdades de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Dez pacientes foram submetidos ao recuo mandibular isolado, via Osteotomia Sagital Modificada, e dez à cirurgia de mandíbula combinada ao avanço da maxila via Osteotomia do tipo Le Fort I. O método de estudo foi comparativo pela superposiçäo do traçado predictivo ao cefalométrico pós-cirúrgico e obtençäo de medidas lineares de acordo com os deslocamentos das variáveis selecionadas. Foi feita uma revisäo da literatura sobre o assunto e também assuntos relativos como a cefalometria, as características clínicas e radiográficas dos pacientes pertencentes às amostras e as principais técnicas cirúrgicas empregadas para a correçäo do prognatismo mandibular. Analisando os resultados, observou-se que houve uma infidelidade entre o traçado predictivo e o cefalométrico pós-cirúrgico. Houve respostas diferentes entre as variáveis, sendo que o maior deslocamento foi observado na tangente à borda posterior da mandíbula (Bp), a qual apresentou um valor mediano de 4mm. O tipo de osteotomia, isolada ou combinada, teve influência apenas sobre o deslocamento dos pontos B e Pog, da amostra de cirurgia combinada