Avaliaçäo da resistência adesiva à dentina de materiais à base de ácidos polialcenóicos e polímeros resinosos: efeito da variaçäo morfológica do substrato dentinário

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Odontologia de Bauru to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Dentre os inúmeros fatores que podem influenciar a qualidade adesiva de sistemas restauradores à dentina, destaca-se a variaçäo morfológica regional desse substrato. Embora o assunto seja alvo de constantes estudos com os sistemas adesivos resinosos, os materiais híbridos de cimento de ionômero de vidro e resina composta carecem de informaçäo específica a respeito. O presente estudo avaliou a influência das diferenças morfológicas da dentina na resistência de uniäo proporcionada por 2 cimentos de ionômero de vidro modificados por resinas Vitremer [VT], (3M) e Fuji II LC [FLC], (GC) e uma resina composta modificada por poliácidos Dyract [DY], (Dentsply). Caninos humanos extraídos receberam um desgaste, de aproximadamente 1,5 mm de espessura, realizado por pontas diamantadas na face vestibular, estendendo-se da borda incisal até próximo do ápice radicular.

A superfície de dentina exposta foi dividida em quatro regiöes:

radiculares apical, média e cervical, e regiäo coronária. Os sistemas restauradores foram aplicados de acordo com as recomendaçöes dos respectivos fabricantes sobre toda a extensäo da dentina, armazenados por 24 horas e secionados tranversalmente ao longo-eixo do dente em várias fatias de aproximadamente 1,0 mm de espessura cada. Os grupos de seçöes obtidos eram separados de acordo com a regiäo dentinária de origem e cada espécime recebia um desgaste bilateral na interface adesiva, reduzindo a área adesiva para aproximadamente 0,6 mm². Os espécimes, em número de 20 para cada regiäo dentinária, para cada material, foram fixados em um dispositivo Bencor Multi-T e a resistência adesiva testada em traçäo numa máquina de ensaios Kratos a uma velocidade de 0,5mm/min. Os valores médios de resistência adesiva (MPa) para o material DY foram nas distintas regiöes: radicular/apical 36,3ñ17,08, radicular/média 36,2ñ16,14, radicular/cervical 33,4ñ10,9 e coronária 33,6ñ7,41, radicular/média 15,9ñ5,10, radicular/cervical 19,8ñ9,66 e coronária 24,5ñ8,5. A análise de variância a dois critérios demonstrou haver diferenças estatisticamente significantes somente entre materiais (p<0,05). Os materiais mostraram-se insensíveis às variaçöes morfológicas do substrato dentinário (p>0,05). O DY apresentou valores médios de resistência adesiva superiores ao FLC e ao VT, em todas as regiöes dentinárias

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