A expansäo rápida da maxila introduz modificaçöes oclusais nítidas e alteraçöes esqueléticas, com possíveis reflexos nos músculos elevadores da mandíbula. O objetivo deste trabalho foi verificar cefalometricamente as alteraçöes dentoesqueléticas ocorridas e determinar o comportamento neurofisiológico dos músculos masséteres e temporais, por meio da duraçäo do período de silêncio eletromiográfico (PS), induzido pela percussäo do mento. A amostra consistiu de 15 pacientes leucodermas, brasileiros, na faixa etária de 11 a 17 anos, com atresia lateral da maxila e submetidos à expansäo rápida deste osso; avaliados nas fases pré e pós-expansäo, pós-contençäo e 1 ano após a expansäo. Os resultados obtidos e analisados estatisticamente permitiram-nos concluir que: - as alteraçöes introduzidas pela expansäo rápida mostraram-se näo significantes estatisticamente, com tendencia à recidiva. O deslocamento para baixo da maxila, associado a uma discreta extrusäo dos primeiros molares superiores, promoveram pequenas alteraçöes verticais na face, com consequente aumento médio de 2 mm na altura facial ântero-inferior e de 1,5º na convexidade facial. A verticalizaçäo dos incisivos superiores (ñ1º), com influência sobre o lábio correspondente, induziu o ângulo nasolabial a uma suave tendência de aumento. A ligeira vestibulizaçäo dos incisivos inferiores mostrou-se inconclusiva pela possível influência da mecânica ortodôntica corretiva. - a duraçäo média do período de silêncio eletromiográfico, nas referidas fases estudadas, foi de: 40,01, 52,11, 45,67, e 40,80 ms, respectivamente. Possivelmente influenciada pelo discreto aumento na dimensäo vertical, a duraçäo do PS apresentou uma tendência à reduçäo, conforme a condiçäo oclusal tornou-se mais favorável. Este método mostrou-se capaz de evidenciar quantitativamente o grau de equilíbrio neurofisiológico dos músculos em estudo