O objetivo do presente estudo foi analisar a implantaçao da visita pós-operatória de enfermagem (VPOE) em um hospital universitário que realiza o procedimento há mais de 10 anos. Para a coleta de dados utilizaram-se os seguintes documentos: o livro de registro e o relatório mensal do Centro Cirúrgico (CC); os prontuários de 121 (24,84 por cento) pacientes que receberam a VPOE de abril/94 a março/95 e; a entrevista com 12 (100 por cento) enfermeiros da Instituiçao com experiência no Sistema de Assistência de Enfermagem Perioperatório (SAEP). No período do estudo, o movimento cirúrgico foi se 2461 cirurgias, tendo sido realizadas 487 (19,79 por cento) VPOE. Portanto, 1974 (80,21 por cento) VPOE nao foram realizadas, cuja justificativa mais freqüente foi atribuída à alta hospitalar do paciente (1961 - 85,66 por cento).

O registro do conteúdo das VPOE presente com maior freqüência nos prontuários dos pacientes foram:

a assinatura do enfermeiro ou graduando de enfermagem (99 - 81,81 por cento), o número do registro profissional ou a identificaçao como estagiário (98 - 80,99 por cento), o tempo "realizada VPOE" (97 - 80,16 por cento), o horário (88 - 72,72 por cento) e a data (69 - 57,02 por cento). A atribuiçao de valor dos dados da ficha perioperatória de interesse para avaliaçao da VPOE pelos enfermeiros, foi estimada com a pontuaçao de um a dez, sendo: 8,99 para o pós-operatório; 8,68 para o intra-operatório; 8,51 para o pré-operatório; 8,44 para a recuperaçao anestésica e 7,45 para a recepçao no CC. A VPOE foi considerada importante pelos enfermeiros de CC, porém nao foi realizada a todos os pacientes operados conforme o padrao de assitência estabelecido na instituiçao-estudo.