Prevalência de HIV, HPV e sífilis na Penitenciária Feminina da Capital, Säo Paulo, 1997-1998

Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia to obtain the academic title of Mestre. Leader:

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) curáveis e o Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) säo os maiores problemas sanitários no sistema penitenciário. A feminizaçäo da pandemia de HIV/AIDS é evidente dentro e fora das prisöes. Nesse sentido, a pesquisa procurou estimar as prevalências de infecçäo por HIV, HPV e sífilis em mulheres da Penitenciária Feminina da Capital. O estudo, de caráter voluntários, foi realizado no período de agosto de 1997 a fevereiro de 1998, em 5 etapas: 1. sensibilizaçäo com intervençäo educativa; 2. esclarecimentos e oficializaçäo do consentimento de participaçäo; 3. coleta de material para exames; 4. entrevistas e 5. divulgaçäo dos resultados e encaminhamentos. Trezentos e dezesseis mulheres participaram da intervençäo educativa e 267 tiveram interesse e consentiram em participar de, no mínimo, uma das etapas posteriores: 256 fizeram o teste anti-HIV; 252 fizeram o teste de sífilis; 209 foram pesquisadas para DNA/HPV. As prevalências observadas foram de 14,5 por cento para infecçäo por HIV; 19,1 por cento para infecçäo por HPV e 5,7 por cento para sífilis. Mulheres portadoras de DNA/HPV apresentaram maior chance de co-infecçäo por HIV. História pregressa de DST, parceiro(s) UDI e uso de drogas injetáveis e crack foram fatores estatisticamente associados à presença de infecçäo por HIV. Diagnóstico anterior de sífilis e uso de crack estiveram associados a presença de sífilis. Näo foi observada associaçäo estatisticamente significativa entre número de parceiros, início da vida sexual e diagnóstico anterior de verruga genital com a infecçäo por HPV e, quando consideradas as mulheres portadoras de DNA/HPV de baixo risco, o fator idade pareceu desempenhar papel significativo. A qualidade de vida da mulher encarcerada pode ser melhorada caso haja preocupaçäo com diagnóstico precoce de infecçöes, implantaçäo de um programa de rastreamento/monitoramento de problemas de saúde e investimento em educaçäo continuada

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