Ocupaçäo e desigualdades na duraçäo da vida

Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Objetivo:

Verificar a duraçäo da vida de trabalhadores classificados em diferentes categorias ocupacionais e agrupadas de acordo com a condiçäo de atividade e a relaçäo da ocupaçöes com o mercado de trabalho.

Métodos:

Utiliza dados de mortalidade no Brasil no período de 1979 a 1995 e define como indicador de duraçäo da vida a idade média ao morrer. Estratifica os óbitos por ocupaçöes, agrupados em duas categorias: aposentados e näo aposentados.

Reune os näo aposentados em seis categorias:

economia de mercado qualificada - EMQ (463.974 óbitos); economia de mercado semi-qualificada - EMQS (2.385.240 óbitos); economia de mercado näo-qualificada - EMNQ (468.717 óbitos); economia de mercado desempregada - EMD (17.455 óbitos); economia de subsistência - ES (420.300 óbitos); näo-econômica - NE (2.487.946 óbitos).

Resultados:

A idade média ao morrer dos aposentados é de 75,9 anos no sexo feminino e 70,6 no sexo masculino. A idade média ao morrer dos näo aposentados é de 60,1 anos no sexo feminino e 51,1 no sexo masculino.

A categoria ocupacional ES é a que comporta os trabalhadores com maior duraçäo da vida:

idade média ao morrer de 68,6 anos nas mulheres e 60,3 anos nos homens. Na categoria EMD observa-se a menor duraçäo da vida entre os homens (38,1 anos).

Nas mulheres säo duas as categorias que apresentam menor duraçäo da vida:

EMD (45,2 anos) e EMNQ (45,5 anos).

Conclusöes:

A maior duraçäo da vida observada nos indivíduos classificados na categoria ES em relaçäo àqueles inseridos nas diferentes categorias ocupacionais das classificaçöes da "economia de mercado" sugere que a garantia de acesso aos bens de subsistência indispensáveis age como fator gerador de tranqüilidade e, provavelmente favorecendo, o prolongamento da vida

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