Prevençäo secundária da doença aterosclerótica coronariana na Bahia: avaliaçäo da atitude dos cardiologistas e do controle dos fatores de risco

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

A Doença Aterosclerótica Coronariana (DAC) é uma patologia de alta prevalência e morbi-mortalidade, porém passível de prevençäo. A despeito de recomendaçöes específicas para prevençäo secundária da DAC, a mesma não é adequadamente realizada por médicos e pacientes. Para melhor controle da DAC no nosso meio é importante o conhecimento da atual situaçäo da prevençäo secundária de DAC na Bahia.

OBJETIVO:

Avaliar a atitude dos cardiologistas frente a prevençäo secundária de DAC e o controle dos fatores de risco (FR) em seus pacientes.

MATERIAL E MÉTODOS:

Através de estudo seccional, realizado em duas partes, 177 cardiologistas registrados na SBC- Bahia foram entrevistados por telefone, entre março de 1995 e Julho de 1996 (Parte I). Entre outubro de 1995 e janeiro de 1997, foram encaminhados 104 pacientes com DAC que tiveram o controle dos seus FR (HAS, IMC, RCQ e perfil lipídico) avaliado através de entrevista, exame clínico e avaliaçäo laboratorial (colesterol total, HDL-c, LDL-c e triglicérides (TG), esta realizada após 12 h de jejum (Parte II). A HAS foi classificada de acordo com JNC V e o perfil lipídico com o NCEP II.

RESULTADOS:

Parte I: Para 60,4 porcento dos cardiologistas, a angina de peito foi o quadro clínico mais freqüente nos seus pacientes e 33,9 porcento acreditavam no benefício do controle dos FR para todos os pacientes de DAC. O controle da HAS, tabagismo e dislipidemia foi valorizado por todos os cardiologistas; o controle da intolerância glicose e menopausa apenas por 42 porcento e 38 porcento, respectivamente. Para início da dieta, a maioria (62,1 porcento, n=110) dos cardiologistas considerou níveis de LDL-c (maior igual que) 130mg/d. LDL-c (maior igual que) 160mg/dl determinou uso de hipolipemiantes para 26,5 porcento (n=47). Apenas 33,3 porcento (n=59) tinham como objetivo níveis-alvo de LDL-c <100mg/dl. No controle global do perfil lipídico apenas 13,5 porcento (n=24) dos cadiologistas apresentaram concordância com o NCEP II. Estatinas foram a droga de primeira escolha 94,3 porcento; fibratos de segunda para 42,3 porcento.

Parte II:

Os pacientes foram na maioria homens (67,3 porcento) com idade de 60,9 ñ10, 3 (31-81), 57 (54,8 porcento) pós- IAM 43 (41,8 porcento) revascularizados e 40 (38,5 porcento) angioplastados, com seguimento de 3,3 ñ3,5 anos. No exame clínico, 60 pacientes (57,8 porcento) eram hipertensos, 50 (48 porcento) tinham sobrepeso, 15 (14,4 porcento) obesos...

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