Trata-se de um estudo histórico-social, cujo objeto é a luta simbólica pela liderança da nascente enfermagem brasileira, mesmo após a implantação e consolidação do ensino da enfermagem moderna no Rio de Janeiro, por enfermeiras norte americanas integrantes da Missão de Enfermeiras que, sob os auspícios da Fundação Rockfeller, entre 1921 e 1931, institucionalizou, no interior do aparelho de Estado, o modelo anglo-americano de ensino da enfermagem em nosso país. A análise de documentos fotográficos e escritos, em seus aspectos polissêmicos, evidenciou que ao par das estratégias pelo reconhecimento social da enfermeira na sociedade brasileira, ocorria também uma luta pela perpetuação da influência americana na enfermagem nacional. No entanto, ao final do período estudado modificam-se as alianças existentes entre os grupos empenhados no jogo de poder, alterando as hieraquias de poder e pretígio, o que enseja a emergência de uma liderança nativa.