Estuda comparativamente, no período 1887-1997, o comportamento da doença meningocócica na Europa, Américas, Africa, Asia e Oceania, no que se refere a distribuiçäo geográfica, incidência e letalidade, cepas de meningococos predominantes e fatores predisponentes. Como fonte de dados, utiliza boletins epidemiológicos da Organizaçäo Mundial de Saúde, da Organizaçäo Pan-Americana de Saúde e de órgäos governamentais de saúde de vários países, e artigos publicados em livros e periódicos.

Os dados relativos a casos e óbitos notificados foram agrupados em períodos:

1887 a 1913; 1914 a 1918 (Primeira Guerra Mundial); 1919 a 1928; 1929 a 1938 (Depressäo Econômica Mundial); 1939 a 1945 (Segunda Guerra Mundial); 1946 a 1949 (período pós-guerra) e as décadas de 1950 a 1990. Para a Oceania, somente há dados disponíveis a partir de 1915. Calcula os coeficientes anuais de incidência (casos/100.000 hab/ano) e de letalidade. Conclui que a doença meningocócica em sua forma extensa, sempre esteve associada com os períodos de convulsäo social e com os movimentos populacionais. Mesmo que no futuro seja produzida uma vacina anti-meningocócica polivalente, capaz de proteger o homem contra todas as cepas de meningococo, o efetivo controle dessa doença dependerá do acesso de todos os povos a essa vacina e à estabilidade sócio-econômica em nível mundial