Epidemiologia da oclusäo dentária na infância e os sistemas de saúde
Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Prática de Saúde Pública to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Analisa a epidemiologia da oclusäo dentária na infância e discute a implicaçäo para os sistemas de saúde, examinando dados de prevalência de uma amostra probabilística (n=985) da populaçäo de 5 a 12 anos de idade na cidade de Säo Paulo, Brasil (1996); e estudos epidemiológicos transversais publicados nos últimos 70 anos. A prevalência na cidade cresceu de 49,0 + ou - 4,5 por cento na dentiçäo decídua para 71,3 + ou - 3,9 por cento na dentiçäo permanente (p<0,001), sendo qua a chance de ocorrência de oclusopatia moderada/severa foi quase duas vezes maior na segunda dentiçäo. O ataque de cárie acima das metas da OMS para o ano 2000 mostrou associaçäo positiva com a severidade do dano. Análise de regressäo logística múltipla mostrou que o risco estimado da populaçäo portadora de dentiçäo permanente e com experiência de cárie acima dessas metas apresentar oclusopatia moderada/severa se elevou de 22 por cento para 50 por cento. Sexo, tipo de escola (pública e privada) e diferenças étnicas entre brancos e pardos näo influenciaram essa distribuiçäo. O exame da literatura através de meta-análise indicou que a prevalência dos problemas oclusais foi duas vezes maior na dentiçäo permanente quando comparada às dentiçöes decídua/mista. Métodos de intervençäo em saúde pública devem ser pesquisados e implementados o mais precocemente possível para aumentar a proporçäo da populaçäo com oclusäo normal e reduzir o percentual da oclusopatia moderada/severa