Ingestäo total de flúor através da dieta e de dentifrícios: determinaçäo da dose em relaçäo ao risco de fluorose dentária
Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:
A fluorose dentária tem sido objeto de muitas pesquisas em todo o mundo. No Brasil, näo existem dados sobre a ingestäo de flúor através da dieta e de dentifrícios, e suas contribuiçöes para a dose em relaçäo à fluorose dentária. A dose limite de ingestäo de flúor em termos de risco/benefício tem sido considerada como 0,07 mg F/Kg peso/dia. O objetivo deste estudo foi analisar a ingestäo de flúor por 32 crianças, com idade entre 20 e 30 meses, moradoras de uma cidade com água fluoretada (0,64 ppm F, Ibiá, MG). As amostras da "dieta duplicada" foram coletadas por um período de dois dias para a análise de flúor. O flúor ingerido como resultado da escovaçäo foi determinado subtraindo-se a quantidade de flúor recuperado depois da escovaçäo da originariamente colocada na escova. O flúor da dieta foi analisado pela técnica da microdifusäo de Taves. A dose foi determinada dividindo-se a quantidade de flúor ingerido pela dieta (D) e dentifrício (P) pelo peso das crianças. A dose total (T) também foi calculada. Os resultados (média ñ erro padräo) de T, D e P foram, respectivamente: 0,088 ñ 0,009; 0,027 ñ 0,002 e 0,061 ñ 0,008. As doses variaram de 0,033 a 0,212 (T), 0,007 a 0,072 (D) e 0,011 a 0,181 (P). O dentifrício teve maior contribuiçäo (63,5 por cento) para a dose total que a dieta (36,5 por cento), diferença esta estatisticamente significante ao teste t (p<0.05). Considerando 0,07 mg F/Kg peso corpóreo como o limite máximo de ingestäo de flúor, em média estas crianças estariam sendo expostas a uma dose de risco de desenvolvimento de fluorose dentária com comprometimento estético se todo o flúor ingerido fosse absorvido