A AIDS e as mulheres jovens: uma questäo de vulnerabilidade
Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Escola Nacional de Saúde Pública to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Estuda a vulnerabilidade individual, em relaçao às práticas e atitudes sobre a sexualidade, de estudantes do sexo feminino, do primeiro ano de cursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, visando subsidiar intervençoes preventivas à transmissao do HIV. Trata-se de um estudo transversal descritivo, com uma amostra probabilística de 600 indivíduos, do sexo feminino. Jovens entre 16 e 25 anos, estudantes de cursos de Administraçao, Arquitetura, Biologia, Economia, Enfermagem, Engenharia Química, Matemática e Serviço Social responderam a um questionário individual composto por perguntas de múltipla-escolha e perguntas abertas. As questoes abrangeram dados que possibilitaram caracterizar esse grupo de universitárias segundo as dimensoes da vulnerabilidade social e individual ao HIV. Os resultados indicaram que, de uma maneira geral, essas estudantes têm um bom conhecimento sobre os mecanismos de transmissao do HIV, o que nao se traduz de forma direta, na adoçao de práticas de sexo seguro. Essas jovens têm um reduzido número de parceiros sexuais e associam diretamente o sexo ao relacionamento afetivo-amoroso. Apresentam baixa percepçao de susceptibilidade pessoal ao HIV. Para elas o sexo seguro baseia-se em ter parceiro único e "escolhido". O uso dos preservativos está mais relacionado a práticas anticoncepcionais em "períodos específicos" e sua nao utilizaçao é justificada pelo conhecimento e confiança no parceiro. Com base nos dados desse estudo, sugere-se que as estratégias de intervençao para essas jovens, além do repasse de informaçoes sobre saúde sexual e reprodutiva, deveria também incluir estratégias de fortalecimento individual e reforço da auto-estima. Os programas de intervençao deveriam fazer todo o esforço da auto-estima. Os programas de intervençao deveriam fazer todo o esforço em orienta-las para alterar os comportamentos que as ponham a risco.