Estuda o significado da questäo "tornar-se velho" abordando: aspectos psicológicos, considerados emanantes dos próprios desejos, sob o ponto de vista da psicanálise; aspectos externos do envelhecimento cerebral, advindos do âmbito da neurologia; e aspectos sociais, abordando a maneira como a sociedade exerce influência no envelhecimento e na velhice. O universo desta amostra é um grupo de pessoas que freqüentava um dos cursos do Projeto "Universidade Aberta à Terceira Idade" da Universidade de Säo Paulo. O ponto de partida foi indagar acerca de alguns aspectos demográficos, econômicos e sociais, através de um questionário. Foram respondidos 127 questionários, sendo 96 deles por pessoas do sexo feminino e 31 por pessoas do sexo masculino. Num segundo momento, foram sorteadas cinco pessoas de cada sexo, entre 61 e 78 anos, para serem entrevistadas individualmente, momento em que fizeram uma produçäo gráfica. A análise quantitativa e qualitativa dos questionários sugere que, ao procurarem participar da vida social, as pessoas mantêm-se ativas, imprimindo ritmo às suas vidas, e continuando a participar do seu meio. Quanto à análise dos discursos e das produçöes gráficas, para âmbos os sexos, hipotetiza-se a existência de elementos que denunciam internamente sentimentos de velhice, mas as condiçöes do meio social näo permitem que as pessoas se vejam como velhos. De acordo com o ponto de vista adotado, hipotetiza-se näo ter havido a fusäo de aspectos do mundo interno e do externo que possam ser descritos como pertencentes a quem é velho