Quarenta pacientes diftéricos foram estudados com o objetivo primordial de verificar o comportamento da sístole elétrica ventricular na fase ativa da difteria e após período de 1 a 6 anos e, secundariamente, as repercussöes clínicas, radiológicas e ecocardiográficas tardias, eventualmente, associadas. Observou-se que a média dos valores de Q-Tc obtida neste estudo, mostrou-se, significativamente, elevada em relaçäo aos valores normais, tanto na fase aguda, como no período de 1 a 6 anos após o surto agudo. Os pacientes que apresentaram Q-Tc alongado como única alteraçäo eletrocardiográfica no período tardio, exibiram alteraçöes radiológicas, porém, os exames clínico e ecocardiográfico normais. Concluiu-se que o intervalo Q-T alongado é alteraçäo eletrocardiográfica freqüente, de aparecimento precoce na difteria e que pode persistir por período prolongado como seqüela eletrocardiográfica, posssuindo, ainda, valor diagnóstico do comprometimento miocárdico nesta doença